Fábulas

BAGUNÇA NA BRASÍLIA, POR ZILMAR JUNIOR

BAGUNÇA NA BRASÍLIA

O dia se aproximava, os animais estavam todos ansiosos para a tão esperada data: 05 de outubro. O macaco, A anta, os burros, e até mesmos os cães vira-lata estavam se contorcendo para realizarem essa viagem.

Era um empurra-empurra, um grita-grita, uma confusão só, que ninguém se entendia. No meio da confusão e de toda aquela empolgação, eis que todos os animais foram para a Brasília, não estavam nem aí, o importante é que iam andar de carro.

Durante a viagem, eis que um dos animais, o macaco, pergunta:

-Gente, para onde estamos indo mesmo?

Os burros respondem:

-De pouco importa o lugar para qual vamos, o importante mesmo é que estamos andando de carro.

Com medo do questionamento, os cães vira-lata começaram a latir alto, digo, a falar alto, pedindo que calassem a boca, que animal bom, é animal que fica quieto.

Porém, não conseguindo controlar seus impulsos, o macaco falou o seguinte:

-Quem pensas que és, bando de cães. Se estamos nessa viagem é porque todos nós pagamos o valor da passagem, então, todos também temos os direitos iguais.

Experiente e já sabendo o que ia acontecer na viagem, a Anta, que era a motorista, estacionou a Brasília, e disse que ia caminhando tomar uma água em um rio próximo. Os animais desconfiaram, porém deixaram que ela fosse.

Deu que passou 1 hora, 2 horas, 3 horas e nada dessa Anta. Que voltou que nada, ela tinha fugido, pois de nada besta que era, sabia que com aquele barulho todo dentro do carro, iria ser multada pelo os regimentos da Lei do Silêncio.

Outra confusão… Os animais ficaram todos sem saber o que fazer, pois ninguém sabia dirigir. Porém, lá no fundo do banco, lá no fundo do banco, lááááá no fuuuundo do banco, eis que surge uma formiga, pequena, sozinha e esquecida pelo os demais. O que para surpresa de todos, se levantou toda confiante, sentou na cadeira do motorista, engatou a ré, virou o carro deu a primeira macha e disse:

-Por toda viagem fui menosprezada por todos, tão tal que só apareci na história agora. Vou os levar de volta para casa e espero que nunca mais façam isso.

E ela os conduziu, todos, de volta ao ponto de partida, de volta à estaca zero.

MORAL: Nunca menospreze aquelas pessoas que aparentam não ter valor nenhum, elas podem acabar lhe surpreendendo.

Sobre o Autor

Claucio Ciarlini

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