Certa vez vi um anúncio no site do Sesc, entidade em que trabalho, falando sobre um Clube de Leituras, cuja obra a ser analisada era “O Diário de Anne Frank”. O que mais me intrigou foi que, para além da obra, haveria uma proposição de diálogo entre a literatura e o audiovisual, quando vi no mesmo anúncio que haveria a exibição do documentário “A curta vida de Anne Frank”.
Pensei que deveria ler a obra antes de assistir ao filme, mas, depois, imaginei que a ordem não faria diferença, tendo em vista que a arte, nessa perspectiva, propõe duas experiências diferentes. São histórias que se completam e abrangem formas diversas de fala.
Então, foi que sem me prender a tais questões, tive acesso à leitura, primeiro, para somente após assistir à projeção, e confesso que poucas obras me tocaram de tal forma. A história de Anne Frank, a adolescente alemã de origem judaica vítima do Holocausto, não ocupa o lugar de uma das figuras mais discutidas do século XX por acaso.
Após a publicação de seu diário, em 1947, esse tem sido base para várias peças de teatro e filmes ao longo dos anos. Pela representatividade que essa obra possui, profundidade, riqueza de detalhes e por conter parte importante da história em seu conteúdo, sugiro a leitura dela sempre que alguém me pede uma dica.
Não pude ir ao encontro do Clube de Leituras na cidade de Parnaíba, pois morava e ainda moro em Floriano, que também no Piauí. Todavia, sinto que aquele anúncio foi um chamado e fico feliz de tê-lo ouvido.
Por Vaneza de Sousa, Analista em Literatura, Sesc Piauí.