Vejo-me diante do espelho velho da minha casa
Onde meu pai penteava a cabeleira
E minha mãe pó no rosto passava.
Sou a imagem do meu pai
Refletida na identidade do espelho
Onde os tempos se igualam
E as aparências são gritantes.
Não precisei me apressar,
Nem tampouco me esconder,
O tempo disso se encarregou –
Do desenhar tão leve, simples e certo.
Aírton Porto (Poeta e Fotógrafo)