Epopeia do amor desvalido, por Fernanda Carvalho

No início, o estômago sofria
o fervilhamento
Da ânsia
Sim , percebi que o vento impetuoso
traria a primavera azul anil
Que me conduziria ao ápice
Terno do amor terreno
No meio ardor : senti o cômodo prazer
A paz adornada dos campos elísios
Tudo era festa , euforia e vigor
Era um entranhamento
Natural do amor

Mas, em um findar de um dia,
O que era doce
Fel se tornou
A Candura deu lugar
À estúrdia
Tristemente
O amor foi indo
Se desvencilhando
Do corpo
Do gosto
E do jeito
Já não tinha mais
Já havia escorrido
Pelas mãos
Que antes, segurava firme
Para não perder
Se foi…

Fernanda Carvalho